A atleta moçambicana Ofélia Marcos Milambo, corredora dos 400 e 800 metros, que em Abril do ano passado fez parte da Comitiva moçambicana que foi aos Jogos da Commonwealth em Gold Cost, foi abandonada por toda a comitiva da Federação Moçambicana de Atletismo sem dó nem piedade.
A Delegação que acompanhava Ofélia recordou-se de levar as suas trouxas e mais nada. A atleta que, a sua chegada na Austrália foi diagnosticada com malária e imediatamente foi atendida pelos médicos da organização da prova de Atletismo da Commonwealth, que a informaram que tinha igualmente dado cabo dos rins, não pôde sequer participar da prova devido a necessária internação.
Depois de se ter recuperado da internação, a atleta procurou contactar a Federação Moçambicana de Atletismo e o Comité Olímpico para que se prestasse a devida assistência, mas, como se diz na gíria, Ofélia escreveu na água.
Largada em um local por si completamente desconhecido, a atleta sobreviveu graças ao apoio das enfermeiras e pessoas de boa vontade ofereceram roupa e ajuda para pagar os tratamentos (eram necessárias duas consultas por semana com um custo de 166 dólares cada por cada sessão).
Os dirigentes que levaram a miúda de Maputo à Gold Cost ocultaram esta situação no seu regresso e nenhum deles está a prestar a devida assistência, nem se pronunciam a atleta que continua naquele país – talvez pela inglória participação naqueles jogos.
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